domingo, 10 de novembro de 2013

O que realmente importa


Muitos policiais formam sua opinião com base na sensação presente, poucos avaliam, pensam sobre o assunto, na verdade desabafam! 
Há aproximadamente trinta anos atrás o policial era punido quase sem qualquer observância dos seus direitos, hoje temos milhares de policiais com nível superior, que conhecem seus direitos e fazem valer, mais tarde há quase vinte anos atrás a maioria dos Policiais Militares não tinha colete de proteção balística, alguns não tinham sequer armamento; perto dos quinze anos atrás o curso de formação de soldados era de seis meses, hoje é de um ano com mais dois de estágio probatório; começamos a ter computação embarcada, armamento de baixa letalidade entre eles o modelo  taser, visitas de intercambio onde trazemos profissionais de outras polícias para nos passar conhecimento; este ano um Coronel foi ao FBI fazer um curso para trazer o conhecimento produzido por àquela Corporação policial. 
Não digo que temos o melhor disponível em policiamento, preservação e manutenção da ordem, mas temos e somos mais do que éramos. Dizem que o Policial era respeitado e hoje não seria mais, quanto ao respeito pergunto: era respeito ou medo? dizem que policiais civis deixam a viatura na rua e ninguém mexe que tem o poder da instauração do inquérito policial entre outros supostos privilégios, mas são todas ferramentas para servir o cidadão e à Justiça. Quanto a deixar viaturas na rua e não mexerem digo ser leviana tal afirmação pois tenho amigos na Policia Civil que pagam estacionamento para deixar a viatura, ou seja alguns servidores que zelam pelo bem público. 
Já ouvi também que os Policiais Militares são meros apresentadores de ocorrência, mas esquecem que são autoridades de Polícia Administrativa e a prisão em flagrante, apesar de ser mais frequente e contribuir na manutenção do policial no Distrito Policial, não é a única atribuição policial do Militar, sendo que muitos reclamam do Código Penal Militar, mas temem serem presos pelo delegado de polícia que atua com base no Código de Processo Penal e Código Penal. 
Também trabalhei no Policiamento Ostensivo e nunca baixei a cabeça para qualquer Delegado ou Delegada de Polícia e fiz amigos por lá. Profissionais dos quais sinto falta e tenho muito respeito. Tudo que fiz?! Saber o momento e também como agir e falar. 
Qualquer um pode fazer o que bem entender, mas deve responder por seus atos e, pessoalmente, não acompanho os procedimentos disciplinares da PC mas sei que não é bem como acham que não respondem disciplinarmente por seus atos e palavras.
Existe também a percepção de eficiência. Pergunte para qualquer cidadão qual sua opinião sobre o atendimento e serviço da PC, não digo que a Polícia Militar esteja à frente, mas também não está atrás, o serviço policial em geral precisa de melhorias, e justiça seja feita, tem melhorado, a administração da Polícia Militar, pelo menos em São Paulo, também contribui com a administração da Polícia Civil. Não se trata de se melhor ou pior,  mas de como servir ao cidadão da melhor forma. 
Para o contribuinte não faz diferença se o agente e civil ou MILITAR, se existe uma ou mais corporações policiais, a diferença reside em quem estará lá pronto para ajudar no caso de PERIGO e preservação de direitos. Muitos Policiais Militares reclamam por não poder xingar seu superior ou pares sem correr o risco de ser preso, desejam um direito equivocado de poder agir com destempero quando se sentirem aviltados em seus direitos e dignidade, mas esses são traços repudiados em agentes de Força Pública, nos termos dos Direitos do Homem e do Cidadão, e o regime militar pede aos seus adeptos que sejam honrados, corajosos, leais, disciplinados, determinados, quiçá obstinados, fortes, não somente no aspecto físico, mas, principalmente, emocional e moralmente, e a atividade policial exige que seus agentes sejam astutos, curiosos, perspicazes, inteligentes e principalmente justos se os integrantes da Corporação realmente quisessem mudar algo poderiam se reunir civilizadamente diante dos representantes do governo, legislativo e judiciário, poderiam se organizar, fazer valer as qualidades Policiais e Militares. Ao militar e vedado a sindicalização e a greve, mas esses são os únicos meios de manifestação? Os Militares Estaduais são muito mais inteligentes que isso! Pode-se criar, quem sabe, com a devida licença sobre direito sindical, ramo que desconheço, mas talvez, o sindicato dos pensionistas, dos familiares, enfim, pessoas não militares ligados à eles, já que todo o problema é a sindicalização. Podem se unir em manifestações civilizadas e reivindicar seus direitos e dignidade, sem tanto prejuízo ao cidadão, que também são nossos familiares, contudo não quero acreditar que a grande maioria dos Policiais Militares está mais preocupada com outros assuntos como atividades extras e não tem energia para trabalhar por seus direitos, e assim permitir que digam ser mais confortável ficar na cama falando mal.

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